Um gesto, um desenho, a escrita ou a expressão facial podem ser formas de comunicar. Cabe ao terapeuta da fala atuar em várias áreas como a comunicação, a linguagem, a fala, a voz e a deglutição, e ajudar assim quem deixou de ter capacidade de comunicar de forma natural.
A Terapia da Fala pode ser indicada para indivíduos de todas as idades – recém-nascidos, crianças, jovens, adultos ou idosos com ou sem patologias diagnosticadas. Este serviço engloba o diagnóstico e tratamento de disfunções ao nível da compreensão e expressão da linguagem oral e escrita mas também no que respeita a formas de comunicação não verbal e deglutição.
Uma das nossas terapeutas da fala é a Filipa Cerveira. A Filipa é responsável por providenciar uma resposta segura no que respeita ao diagnóstico e tratamento de incapacidades ao nível da linguagem, articulação, fluência, voz, mastigação ou deglutição, em todas as faixas etárias, melhorando, assim, a qualidade de vida dos utentes.
Filipa considera a intervenção domiciliar como uma intervenção mais célere e que permite maior flexibilidade de horários. É além disso, mais confortável para o utente, que sente maior pré-disposição para o tratamento, possibilitando a realização de adaptações no próprio ambiente. Para Filipa é importante também o envolvimento dos familiares e/ou cuidadores. Com a intervenção ao domicílio é possível capacitá-los e torná-los parte da intervenção.
Conheça um pouco melhor, a Filipa e a forma como intervém na DCR.
A Terapia da fala e a infância
À semelhança de outras competências, o desenvolvimento da linguagem é feito de modo gradual e por etapas. Embora se tenha em consideração a individualidade de cada criança, existe uma evolução típica com alguns marcos para a linguagem. Existem sinais de alerta para cada etapa do desenvolvimento da linguagem que devem ser considerados.
Quando é que os pais devem procurar a Terapia da Fala numa criança?
Tem mais de 2 anos e ainda não fala;
Os interlocutores não percebem o que diz;
Trocam sons (na fala) ou letras (na escrita);
Fala muito alto e fica rouco com frequência;
Está a fazer tratamento ortodôntico (aparelho) e precisa de treinar a fala e/ou a motricidade oral.
Um dos casos de sucesso em que a nossa terapeuta interviu foi o Lucas. Com apenas 7 anos apresentava rouquidão e troca de sons na fala. Através de vários exercícios dinâmicos de estimulação e que cativaram o pequeno Lucas foi possível notar melhorias significativas.
A Terapia da fala na fase adulta
A terapia da fala é uma especialidade que também pode intervir com a população adulta e idosa quando existe alguma incapacidade ao nível da linguagem, articulação, fluência, voz ou deglutição. Muitas vezes, é necessário recorrer a esta intervenção após um acidente vascular cerebral (AVC), na presença de doenças degenerativas como Alzheimer ou num evento traumático que altere a capacidade de comunicar.
Quando é que se deve recorrer a um terapeuta da fala?
Fica rouco ou tem dificuldades em projetar a sua voz;
Teve um problema de saúde (ex.: AVC) e não consegue falar corretamente ou compreender bem o que lhe dizem;
Fez uma cirurgia (ou teve um acidente) que trouxe consequências ao nível a fala ou da deglutição;
Tem uma doença degenerativa e quer encontrar soluções para o futuro ao nível da comunicação e deglutição.
Outro caso de sucesso, é o caso do Sr. Mário, que já usufruía dos nossos serviços de fisioterapia e de apoio geriátrico. As nossas terapeutas perceberam que o Sr. Mário estava a rejeitar a alimentação, assim como a ingestão de líquidos, apresentando um natural emagrecimento.
Apesar de não existirem sinais evidentes de problemas da fala, as alterações nos comportamentos alimentares levaram a nossa equipa a sugerir uma avaliação da terapeuta da fala. Nessa avaliação, foi possível à Filipa, pela sua experiência, identificar alterações sensitivas intra-orais, daí a negação da comida e ligeira disfagia para líquidos. Em apenas 4 sessões, as melhorias foram consideráveis, não havendo necessidade de seguimento.
Além do tratamento individualizado, a Filipa também implementa estratégias em parceria com os familiares e cuidadores informais. Desta forma, é possível dar continuidade ao tratamento, melhorando as capacidades comunicativas e autonomia diária dos utentes.
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